
- 5 de agosto de 2025
- Segurança Digital
Saber como se proteger de ataques cibernéticos é mais urgente do que nunca. Em 2024, o volume global de incidentes cresceu 38%, causando prejuízos bilionários e, em contrapartida, elevam multas da LGPD, que podem chegar a 2% do faturamento anual.
Ainda assim, muitas empresas mantêm apenas defesas básicas, ignorando riscos invisíveis que podem comprometer toda a operação.
Neste artigo, você confere dicas técnicas e estratégicas para elevar o nível de segurança da sua organização e entender por que a proteção digital deve incluir também uma cobertura financeira eficaz para cenários de crise.
Como ataques cibernéticos impactam seriamente as empresas?
Nenhuma empresa está imune às ameaças digitais. Segundo a Fortinet, o Brasil registrou mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2023, sendo o segundo país mais visado da América Latina.
Já o relatório “Cost of a Data Breach 2024”, da IBM, aponta que o custo médio global de uma violação é de USD 4,88 milhões, considerando despesas com interrupção de operações, perda de dados, reputação e sanções legais.
Além dos números alarmantes, entender os principais vetores de ataque é fundamental para proteger os pontos mais vulneráveis do ambiente corporativo.
Ransomware
Segundo a Sophos, no Brasil, cerca de 44% dos incidentes foram atribuídos a vulnerabilidades exploradas, enquanto as credenciais comprometidas responderam por 20% dos casos.
Os pagamentos médios caíram de US$ 2 milhões para US$ 1 milhão e 53 % das empresas recuperaram os dados dentro de uma semana, contra 35 % no ano anterior.
Apesar da queda nos indicadores, os ataques com ransomware continuam sendo um dos riscos cibernéticos mais críticos para as empresas.
A redução dos impactos em 2025 reflete avanços em prevenção e resposta, mas não deve ser confundida com a eliminação da ameaça. Pelo contrário: o volume de ataques persiste alto e as brechas continuam exploradas com eficiência.
Por isso, mais do que monitorar números, é essencial que líderes compreendam os vetores de ataque e suas consequências operacionais e financeiras.
Phishing e engenharia social
Conforme o Verizon 2025 DBIR, ataques baseados em roubo de credenciais ainda são o vetor de acesso inicial mais comum, presentes em aproximadamente 22% dos incidentes confirmados.
A exploração de vulnerabilidades também cresce, agora responsável por 20% dos ataques, com um aumento de 34% ano a ano, especialmente em dispositivos de perímetro e VPNs.
O phishing aparece em 16% dos casos como vetor identificado, mas seu impacto real é maior. O relatório da Verizon observa que phishing frequentemente leva ao abuso de credenciais posteriormente, que por sua vez são contabilizadas separadamente. Ou seja, muitas vezes o phishing é o ponto de partida de ataques mais complexos.
O alvo é sempre o mesmo: capturar credenciais e acessar sistemas internos sem levantar suspeitas.
Ataques DDoS
Os ataques de negação de serviço (DDoS) também merecem atenção. Eles consistem em sobrecarregar os servidores da empresa até que os sistemas saiam do ar.
O prejuízo, nesse caso, vai além do técnico, com a paralisação de vendas online, indisponibilidade de serviços e perda de confiança dos clientes são efeitos imediatos e frequentes.
Exploração de vulnerabilidades conhecidas
Por fim, há as invasões que exploram vulnerabilidades conhecidas, falhas já documentadas e para as quais, muitas vezes, existem correções disponíveis.
Um estudo da Tenable mostrou que 75% das violações registradas em 2023 se deram justamente por brechas não corrigidas, destacando o impacto da falta de gestão de ativos e atualizações de segurança.
Como proteger sua empresa de ataques cibernéticos com 7 medidas relevantes?
Saber como se proteger de ataques cibernéticos vai além de aplicar boas práticas básicas.
Para empresas que operam digitalmente, a segurança deve estar no centro das decisões estratégicas, com ações que combinem prevenção, monitoramento, resposta rápida e proteção jurídica.
Abaixo, destacamos as 7 medidas mais críticas atualmente, com foco em eficiência operacional e mitigação real de riscos.
Adote uma política robusta de gestão de identidade e acesso (IAM)
O controle de acesso não se resume a limitar logins. Ferramentas modernas de IAM permitem aplicar o princípio de menor privilégio, fazer auditoria contínua, usar autenticação adaptativa e identificar anomalias de comportamento. Para setores regulados ou com dados sensíveis, esse controle é mandatório.
Automatize atualizações e correções de segurança (patch management)
A demora na aplicação de patches críticos ainda é uma das principais causas de incidentes.
Soluções que automatizam a varredura e a correção de falhas em endpoints, servidores e aplicações reduzem significativamente a superfície de ataque, especialmente em ambientes híbridos ou com shadow IT.
Implemente uma arquitetura de defesa em camadas (defense-in-depth)
Não basta confiar em um único ponto de proteção. Combine firewalls de próxima geração, segmentação de rede, antivírus com detecção comportamental, sistemas de prevenção de intrusão (IPS) e proteção de e-mail.
A redundância entre camadas é o que garante resiliência mesmo quando um vetor é comprometido.
Realize simulações de ataque (Red Team/Pentest) periodicamente
Testes internos não são suficientes para revelar brechas reais. Simulações conduzidas por times externos, como Red Team ou pentests manuais, identificam vulnerabilidades em contexto, testam a resposta da equipe e ajudam a priorizar investimentos com base em riscos reais, e não apenas em conformidade.
Estabeleça e treine um plano formal de resposta a incidentes
A maioria das empresas descobre que não está preparada durante um ataque. Assim, um bom plano inclui: mapeamento de ativos críticos, fluxos de decisão, comunicação interna/externa, isolamento de sistemas e acionamento de seguros. Ele precisa ser testado regularmente com exercícios simulados.
Faça backup com estratégia de isolamento (air-gapped ou imutável)
O backup tradicional já não é suficiente diante de ransomwares que criptografam inclusive os arquivos de restauração.
A adoção de backups isolados, imutáveis ou armazenados em ambientes cloud com políticas de retenção é hoje um padrão mínimo de segurança.
Eduque lideranças e times críticos sobre engenharia social avançada
Treinamentos genéricos não são eficazes para mitigar o risco humano. É necessário sensibilizar líderes e áreas-chave (como financeiro e jurídico) sobre os novos formatos de spear phishing, BEC (Business Email Compromise) e deepfakes, ataques que não dependem de cliques, mas de decisões equivocadas.
Como o seguro cibernético pode salvar sua empresa quando a prevenção falha?
Mesmo com boas práticas implementadas, nenhuma organização está totalmente imune a ciberataques.
Uma falha humana, uma nova vulnerabilidade ou um ataque direcionado podem comprometer sistemas críticos. É nesse cenário que o seguro cibernético se torna essencial para empresas que buscam não apenas prevenir, mas reagir com eficiência.
A Protech Hub oferece soluções que complementam as ações de proteção ativa com uma camada estratégica de segurança financeira e jurídica, voltada para empresas de todos os portes.
Cobertura de danos financeiros, jurídicos e operacionais
O seguro cobre gastos com resposta ao incidente, honorários legais, investigações forenses e comunicação de crise.
Multas da LGPD, indenizações e prejuízos com paralisação
Com a LGPD em vigor, o impacto vai além da imagem. A cobertura considera multas administrativas e indenizações por vazamento de dados.
Continuidade do negócio após um ataque
Além do ressarcimento, a apólice prevê suporte técnico e continuidade operacional, garantindo que sua empresa saiba como se proteger de ataques cibernéticos mesmo após um evento crítico.
O seguro cyber não substitui a prevenção, mas fortalece a resiliência organizacional, um diferencial competitivo diante do avanço das ameaças digitais.
O que considerar ao escolher um seguro cyber?
Contratar um seguro cibernético é um passo importante, mas entender exatamente o que está incluído na cobertura é o que garante eficácia real em situações críticas. Muitas empresas contratam uma apólice sem avaliar cláusulas específicas, o que pode gerar surpresas quando mais se precisa de suporte.
Para tomar uma decisão segura, analise os seguintes pontos:
Conheça as coberturas essenciais
Um bom seguro deve proteger contra:
- Ransomware e sequestro de dados;
- Vazamentos de informações confidenciais;
- Perdas operacionais decorrentes de interrupções nos sistemas.
Fique atento às exclusões e limites da apólice
Algumas apólices excluem falhas humanas ou limitam os valores de indenização para determinados tipos de incidentes. Leia com atenção as condições gerais e identifique possíveis lacunas.
Busque parceiros que ofereçam suporte técnico e jurídico
A resposta rápida após um ataque depende de ter especialistas à disposição. Além da indenização, o suporte ativo contribui diretamente com a estratégia de como se proteger de ataques cibernéticos.
A decisão deve ser orientada por riscos reais, não apenas pelo custo da contratação.
A segurança cibernética começa na consciência do risco
Adotar ferramentas é importante, mas a verdadeira proteção começa com uma mudança de cultura. Líderes que compreendem os riscos e assumem a responsabilidade pela segurança digital guiam suas equipes rumo à resiliência — não apenas à conformidade.
Não se trata de eliminar todas as ameaças, mas de conhecer as vulnerabilidades reais e reagir com inteligência quando algo escapar ao controle. E para isso, não basta contar apenas com boas intenções ou soluções pontuais.
A Protech Hub atua como uma parceira estratégica justamente nesse ponto: ajudando empresas a mapear riscos, orientar decisões e construir um ambiente digital preparado para os piores cenários.
Se você ainda não sabe por onde começar, a Protech Hub oferece um diagnóstico gratuito para identificar vulnerabilidades e orientar as melhores práticas de proteção e seguro.
Uma ação simples que pode definir o futuro da sua empresa diante de um ataque.